quinta-feira, 26 de maio de 2011

No mais profundo...

Aos poucos eu vou percebendo
Os motivos, os sorrisos, as oportunidades
Os toques (que não houveram)

Então, de repente, os sentimentos
O que são, eu não saberia dizer
É mais profundo do que pensávamos
Pelo menos à primeira vista

Mas então, pensando mais um pouco
Fica tudo claro por um momento
Pura admiração, eu poderia dizer

Mas então tudo escurece
(Por um momento que parece pra sempre)
E o que se vê é algo cruel
Uma afeição confundida com amor

Ah, esse amor confundido, como dói
Dilacerando toda a carne que encontra
E pobre do coração, o seu berço

Desesperadamente, tento arrancá-lo
Mas à força ele se finca
Da força ele se alimenta e cresce
E cresce, e cresce, e cresce...

Ah, esse amor confundido, como é cruel
Só o que lhe faço é implorar
E tão maldito que ele é
Estourou os próprios ouvidos
Com as canções dos seus (tolos) seguidores
E se faz de cego e surdo para a minha aflição

Tão maldito que ele é
Juntou a nós dois, e nos deixou à própria sorte...