sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Sadismo

Em um só sopro
Solto, suave sobre a pele
É ação, é reação
É arrepio
É também corpo vazio
De mente hormonal

Reflexo no plano
Ou objeto real
Não se sabe
Nos teus olhos eu vejo
Ou tu vês em mim
O fogo no frio
Ou faca com o gume sem fio

E tu, conservado
Do mal que me domina
Guardado em redoma
Te alimento com o que tenho
Essa desculpa de amor
Que me resta
Que foi tudo o que restou

Das tuas pétalas vivazes,
Meu terno amor,
Suguei a luz
Para então te ver
Procurar salvação
Entre a espada e a cruz

Te parasitando, não encontrei
Nenhuma gota de vida
Que pudesse manter a minha...
O que é uma pena, de certo
Mas não vejo, então, nenhum motivo
Pra te ter por perto...