Das sombras surgiram os olhos
Que, recaindo sobre mim,
Sussurraram calúnias ao vento,
Praguejaram meu passado, meu futuro
Clamando pelo meu sofrimento, pela minha dor
De tanto que ao vento sussurraram
Ele encheu-se de peso, e choveu
Varrendo a banalidade de minhas dores
(Junto às lagrimas transbordadas)
Até o leito de seus salgados córregos
Dado ao fardo que me foi entregue,
Ao peso que são minhas palavras
Fraquejaram então costas, e pernas
Que, entrando em extremo desacordo,
Decidiram não mais trabalhar em meu favor
Então só me restou uma mente cansada
Para abrigar o que era antes dever da alma:
As reflexões, os (des)amores, as discórdias,
A lembrança de um toque (há muito) desejado
E uma amarga xícara de chá...
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