terça-feira, 23 de outubro de 2012

O Mal da Mente


Se minhas memórias perdurassem
Agora estaria eu mesma prosseguindo
Se minhas pausas não fossem tão eternas
Haveria um caminho a seguir, sim

Então me pergunto
O porquê de tanta crueldade
Nesse coração escuro

Os meus gritos ecoam,
Nessa fenda sem fundo
Que se abre em mim
Meus demônios internos
Me atacando em bandos
Arrancando pedaços...

Onde era minha carne
Minha vida, meu ser...
Fui me esvaindo...

Venho sentindo então
A amargura do luto
O luto de mim mesma
Que me deixei morrer, sem culpa...

Mas sendo tarde como é
Já abracei a solidão
E o nevoeiro da mente
Cada vez mais denso
Enquanto vou partindo...

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